terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

saTanás

Bento XVI resolveu-me uma contrariedade. Em miúdo, quando resistia cinco ou dez minutos na cama para adiar a minha entrada na escola logo de manhã, insinuavam que era o belzebu a tentar pôr à prova a minha capacidade de resistência. Tratava-se de uma poção diabólica, poderosíssima, aspergida certamente enquanto eu dormia mas que teria que saber neutralizar usando todas as minhas forças. Fui sempre bastante céptico. Recordo-me no entanto que se tratava de uma luta desigual, que raramente venci e me acompanhou até ontem, quando soube que o papa revelou alguns dos princípios do mal que me afectou toda a vida. Devemos "vencer as tentações do maligno”, terá dito Ratzinger no seu habitual discurso do Angelus, na Praça de S. Pedro. "O poder, a necessidade de bens materiais e a ambição" – além do “hedonismo”, sublinhou mais adiante – são tentações do diabo que devem ser reprimidas. Li bem: o hedonismo. Está explicado o meu problema.

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