
A disputa em torno do altruísmo empresarial promete assim tornar-se aliciante: “Pingo Doce” vs. “Modelo” e “Continente”. Mas cheira-me a esturro.
Prática (quase) laboratorial de quem não possui a mínima ideia de como se faz um blogue mas não desistiu e mantém uma ténue esperança de conseguir
http://www.myspace.com/virgemsuta
Virgem Suta, “Tomo conta desta tua casa”
Universal, Junho 2009
El Hormiguero, Canal 13
ChileTeVe 15.01.2010, Sebastián Piñera
[ver também aqui]
Imagem: poster publicitário, EUA, 1900
Precisamente há três anos, em Janeiro de 2007, a mesma “IN New York” publicava numa das páginas interiores este registo de Scarlett Johansson, ainda sem photoshop, acompanhada por quem haveria de a dirigir no ano seguinte em “Vicky Cristina Barcelona”. Ambos saboreavam o sucesso europeu de “Match Point”.
De que rosto gostamos mais? Qual deles é o mais genuíno (este ou o anterior)? Há inocência neste olhar? Não interessa. Todos gostamos de saber que a sua vida ficou definida ao nascer, quando o nome lhe foi atribuído em homenagem à protagonista de “Gone with the Wind” (E tudo o vento levou): Scarlett O’Hara, interpretada por Vivien Leigh. Ou que, na tradução portuguesa, o seu primeiro filme não poderia ter beneficiado de designação mais sugestiva – “O Anjo da Guarda” –, já para não falar no da película que lhe sucedeu – a da consagração, “Just Cause”–, realizados respectivamente por Rob Reiner (1994) e Arne Glimcher (1995).
Depois do leilão no eBay, continuaremos a vê-la por aí, provavel-mente ainda mais clean, sob os auspícios da Mango, da Dolce & Gabbana, ou da Louis Vuitton. Para que conste.
Woody Allen, Nova Iorque, 1935
(Allan Stewart Königsberg)
Scarlett I. Johansson, Nova Iorque, 1984
CCILA, Lisboa 21.01.2010 Antena 1[ver aqui]
Declarações de Alexandre Soares dos Santos
Poema XL
Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.
"O Guardador de Rebanhos", 1914
Alberto CaeiroFernando António Nogueira Pessoa, 1888-1935
Carrousel du Louvre, Salle Delorme
Eté 2009, " JC in te sky with diamonds"
[ver também aqui]
O bastonário da Ordem dos Advogados declarou ontem, em artigo publicado no JN, que, “em geral, as vítimas de crimes não querem justiça, mas antes vingar-se dos criminosos. Sempre fora assim (…)”.
Ah! pensava que ainda ninguém tinha reparado. O “vampirismo mediático” das televisões, de que fala Marinho e Pinto, precisa deste sangue para se alimentar. O fundamentalismo justiceiro dos telespectadores faz o resto.
Nunca irei saber porque gosto desta mulher que nos olha de frente. Do brinco não é, que me não atrai o pechisbeque, mas há qualquer coisa de misterioso neste olhar que se perpetua de cada vez que a ele regressamos.
Consta que não tinha furo esta orelha, nem a ostentação da jóia condizia com o estatuto da retratada, mas o silêncio mantém a inocência de quem ali permanece e nos observa.
Teria 18 anos, dizem. Talvez 19 ou 20. Do brinco de pérola ficaram-lhe as cicatrizes do momento em que, por instantes, se sentiu elevada à condição de musa. Ou de deusa.
Vermeer, Johannes van der Meer 1632-1675
Rapariga com brinco de pérola, pormenor
Meisje met de parel (c.1665), óleo sobre tela 44,5 x 39 cm
Mauritshuis, Den Haag, Holanda
Ontem esqueci-me: quis chamar a este blogue “ex-periência”, mas o nome não estava disponível.
De improviso “ténue” fica bem. Tendo algo de efémero, tem a ver com debilidade, insegurança, inquietação. De passagem. Fugaz como o nevoeiro.
Expediente – solução precária, subterfúgio (do latim expediente, de expedire, ‘libertar, desembaraçar’)
Expedição – acto de expedir, viagem de exploração a uma região distante (do latim expeditione)
que o mesmo é dizer "perdição" – acto ou efeito de perder-se, desonra, imoralidade (do latim perditione).
As instruções anunciam:Fui ver. Segundo a introdução do manual, “a forma mais rápida de compreender a criação de blogues é experimentar”. Declaro, no entanto, ser este um mero ritual iniciático que visa contornar o cepticismo de quem ainda não foi capaz de ficar deslumbrado com a existência – e a utilidade – de Deus e dos Blogues. “O que acontecerá a seguir?”, remata o parágrafo, sentenciando logo de imediato: “Ninguém sabe. Mas pode ser divertido." Concluo eu: sim, pode ser divertido. Ou não.
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